sábado, 26 de fevereiro de 2011

Comercial de margarina

Está um friozinho por aqui. Frio de uma blusa, mãos nos bolsos e orelhas geladas. Perfeito para um passeio na praia, de calça e tênis. Praia lotada, crianças brincando, moleques de skate, gente correndo, cachorros. Senti-me em um comercial de margarina ou aquela cena de filme em que o casal brinca na areia como a representação da felicidade na terra.
Eram 14h e já tinha sido lembrado que não tinha comido nada. Almoço, depois caminho pela praia. Tinha um restaurante na areia, O Amarelo (adivinha a cor? – não sei se os portugueses entenderiam uma piada em que o japonês é chamado de espanhol ou o negão de alemão). Sentei-me próximo a uma senhora que estava com cara de brava na mesa e pedi uma Sagres, cerveja lusitana. Como previsto pelo Arnaldo, quando disse que em Portugal eu só tomaria vinho, a frase que veio à minha cabeça foi que “até que esta cerveja é boa”. Concentrei-me na cerveja e no meu novo brinquedo, um iphone (sim, rendi-me e, agora, ele me escravizou). Pedi uma dourada grelhada ao portuga mal humorado, totalmente fora do comercial de margarina. Retornou dizendo que não tinha. Então me vê um robalo. Vai à cozinha e retorna: também não tem, tem cherne. Eu é que não sou besta de perguntar o que é cherne, pois tenho certeza de que a resposta seria que é um peixe. Traz-me um cherne, por favor.
Bom o tal do cherne, um pouco gordo demais. E boa a tal da Sagres.

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