quarta-feira, 12 de maio de 2010

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É mais fácil criar um blog que amarrar o cadarço. Como estou de chinelo, direcionei parte do esforço que iria para amarrar o cadarço e criei o meu; o resto eu usei para escolher o nome, relendo Tabacaria, de Álvaro de Campos.

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!

Aí, para ocultar o pessimismo e não afastar as polianas, escolhi a última frase. Sim, como sou pós-moderno, tudo que faço tem um motivo, uma razão oculta, um objetivo.

E eu realmente penso muitas coisas. A mim elas interessam. A você, não sei. O que importa é que não te obrigarei a ler e o livre arbítrio será totalmente exercido. Assim, procuro me livrar da culpa: ela é toda sua.

E vai ser aquele dilema: mais uma coisa para eu ler. E se eu não ler e for muito bom? E se eu ler e for muito ruim? O melhor é nem ficar sabendo da existência de mais um idiota no mundo escrevendo o que vem na cabeça sem eu ter perguntado nada. A ainda me jogar a culpa da escolha.

Este blog, então, não tem objetivo nenhum, apesar da minha pós-modernidade. E assim, tem o objetivo de não ter objetivo. Um livre pensar preso a mim, o que já reduz consideravelmente a liberdade.



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