quarta-feira, 30 de março de 2011

Ainda as placas

Agradeço as contribuições que recebi em relação à minha interpretação das placas portuguesas, mas o mistério continua e ainda mais complexo. Porque registrei outras placas, que não consegui teorizar. Por exemplo, a placa abaixo:

Ela coloca mais um risco e a pergunta que fica é o que estas pessoas estão fazendo ali embaixo, uma vez que a placa proíbe tudo  várias vezes.
E agora, estas são ainda mais intrigrantes e me levaram à conclusão de que Portugal é um país livre do daltonismo. Devem ter inventado a vacina, seria bom conversar e fazer um acordo. Será que todos conseguem identificar qual é a seta vermelha? Observei o lugar e subiam e desciam carros, então o vermelho não significa não poder circular naquele sentido. Suponho que seja: “fique esperto que pode ter gente vindo no outro sentido”. Ou desça com uma luz vermelha e suba com luz branca, ou seja, suba de frente e desça de marcha-a-ré. Não observei ninguém descendo de marcha-ré.



A placa abaixo me chamou ainda mais atenção, pois a única diferença de uma seta e outra é o tamanho. Pensei até que o pintor da placa esqueceu de fazer as setas iguais, o que é algo que sempre pode acontecer e nós ficamos tentando encontrar intenção onde não há. Aqui, utilizam muito a expressão “em grande”, o que significa que foi algo muito bom, fiz “em grande”. Deve ser suba “em grande”, mas desça com mais cautela.  Ou significa que ali prevalece a regra de que o maior tem preferência. Ou que a preferência é que suba, mas se mesmo assim quiser descer, é uma escolha sua. Não é proibido, mas se me perguntasse, diria que não. Acho que é o equivalente àquelas frases muito utilizadas: “para mim, não tem problema, se quiser ir, pode ir, não vou ficar irritado”,  o que significa basicamente que eu não quero que você vá, mas se acontecer alguma coisa, não me venha pedir ajuda. E a primeira frase depois que acontece alguma coisa é “Eu não te disse? Você não viu que a seta para baixo era pequena?”.


Esta última eu não entendi mesmo. As outras, as interpretações absurdas eram apenas recursos de linguagem para entretenimento, mas era possível deduzir algo. Esta eu vi (a foto não foi da que eu vi, mas eu vi) e não sabia como agir, achando que estava fazendo sempre algo errado. Será que as quatro linhas paralelas, que estão proibidas significam cadarço e aqui não se pode utilizar tênis com cadarço? Será que aqui não se pode tocar nenhum instrumento de corda? Olhei ao redor e realmente não vi ninguém tocando violão, violino ou qualquer outra coisa. Talvez ali apenas os instrumentos de sopro poderiam levantar alguns trocados demonstrando suas habilidades. Ou talvez as linhas paralelas abrandam as proibições. Nesta ótica, não é uma proibição do que as linhas paralelas representam, mas é um abrandamento das proibições. Se ver que é proibido estacionar, verifique bem, se não for atrapalhar ninguém, se você estiver com alguma necessidade urgente, aquela proibição não é tão proibida assim.

Um comentário:

  1. Vou mais uma vez colaborar com minha singela interpretação de cada placa, em ordem de aparição:

    1) Proibido proibir.

    2) Tudo o que sobe, tem que descer (necessariamente nessa ordem).

    3) É permitido desafiar a lei da gravidade com até 3,5 toneladas.

    4) Suba em pé, desça agachado.

    5) Proibido utilizar roupa listrada.

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