No mundo em que vivemos, tudo está a venda e vira mercadoria. Inclusive, nossos sentimentos e são eles que, no limite, estão sendo negociados no mercado.
Não nos vendem um tênis, mas a sensação de se estar livre, correndo com o vento batendo no rosto. Vamos ao cinema, estão lá mais uma vez provocando em nós emoções. Quando compramos um celular, vendem-nos o bom sentimento de poder se comunicar com sua mãe distante sempre que puder.
Estamos sempre comprando sentimentos e, também, vendendo-os aos outros. Vendemos a nossa felicidade aos outros.
No entanto, os sentimentos não são controláveis e muitos deles foram criados em momentos de nossa vida que sequer sabíamos que eles estavam controlados. E assim, vamos ao mercado comprar liberdade e recebemos a prisão. Compramos amor e recebemos dúvidas. Isso porque é dentro de nós que os sentimentos se materializam. E se dentro de nós há apenas dúvidas, boas chances de que suas compras virem dúvidas dentro de você. E se você está preso, comprar a liberdade será mais uma chave de sua prisão.
E com relação a isto, não há nada que o mercado possa fazer. E só piora ao criar pessoas à sua imagem e semelhança. Até a humanidade peceber que suas compras não representam o que está exposto na vitrine, mas que o que importa é como se da a materialização do sentimento dentro de cada pessoa, até lá já se gastou muito dinheiro com anti-depressivos e álcool. Estes sim vendem a felicidade, biológica, racionalmente construída por meio de substâncias químicas que geram bem-estar. Deixa eu tomar minha dose.
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